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A instituição de ensino propôs ações afirmativas para reflexão, esclarecimento, orientação e mobilização na formação socioemocional dos alunos, famílias, funcionários e professores.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, e cerca de 30% de pessoas nessa faixa etária tiveram algum tipo de problema de saúde mental no último ano. De todos os jovens que notaram sintomas como depressão, ansiedade e distúrbios do sono, apenas metade pediu ajuda. A infância e a adolescência são períodos de múltiplas mudanças físicas, emocionais e sociais, que podem tornar crianças e adolescentes vulneráveis a problemas de saúde mental.
Por isso, ao longo de todo o mês do Setembro Amarelo, o Sistema Gabarito promoveu, para toda a comunidade escolar, uma campanha para transmitir informações confiáveis sobre saúde mental, procurando a prevenção, a identificação precoce de sinais e sintomas de alerta e o combate ao estigma associado à doença mental. “A campanha abordou o reconhecimento das emoções e dos sentimentos e a importância de saber nomear e falar o que está sentindo. O olhar para a valorização da vida e a saúde mental têm que ser o foco das discussões. Cabe à escola levantar a discussão sobre o que e como se sente e a quem procurar em casos de situações extremas. Esse é o nosso objetivo enquanto instituição”, explica a psicóloga escolar do Sistema Gabarito de Ensino, Maria Carolina Rodrigues Tomé.
As ações da campanha contemplaram um Glossário de Palavras sobre a importância do reconhecimento e do nomear sentimentos e emoções, playlists de músicas que discutem autoestima, saúde mental e autoconhecimento, intervenções culturais, além de debates com profissionais da área e palestras dos psicólogos das unidades. A psicóloga Maria Carolina relata que um dos aspectos trabalhados possibilitou fornecer aos professores ferramentas que lhes permitam detectar precocemente possíveis sintomas e/ou sinais de alerta, bem como acompanhá-los nos casos em que surjam. “Houve muitas conversas entre os professores e busca de ajuda dos psicólogos da escola, no intuito de demonstrar a preocupação com os alunos, muitas vezes em questões individuais”, diz.
Já para os estudantes, a campanha contou com uma mobilização para a discussão a respeito da vida e da saúde mental e a importância de falar o que se sente. “Identificar e nomear sentimentos é a base do que podemos discutir sobre saúde emocional. Se a pessoa não sabe fazer isso, não tem consciência de mais nada. Identificar o que está sentindo é o primeiro aspecto. O segundo é a capacidade de expressar o sentimento. Depois discutiremos a consciência do que está vivendo e as relações que estão sendo construídas e, por fim, as intervenções nessas situações. Esse é o caminho. É importante deixar claro que a grande maioria de casos de suicídios e ideações suicidas são extremamente preveníveis, se as pessoas procurarem os profissionais certos”, alerta Maria Carolina.